sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Brasil Olímpico

No dia em que o mundo assiste admirado a mais um encerramento de Jogos Olímpicos, Felipe Massa vence na Fórmula Um. A Globo que explorou durante dias o choro de Cielo, medalha de ouro na natação, agora prefere os patrocinadores da corrida de máquinas ao invés de transmitir ao vivo a festa do encerramento. O futebol foi preservado, digo no Campeonato Brasileiro, pois na Olimpíada já... O Grêmio ao empatar com o Náutico se mantém com cinco pontos de vantagem sobre o segundo colocado.

As próximas Olimpíadas já começaram. Como? Sim, já começaram. Mas não hoje. Há mais tempo em países como EUA e Rússia já estão treinando ou fabricando os campeões do próximo encontro daqui há quatro anos em Londres. E no Brasil? Aqui vamos olhar os chorões mais algumas vezes e depois tudo será esquecido novamente.

Um campeão começa muito cedo. O resto é milagre. Cielo sonhou desde os quatro anos e então seu pai levou-o aos EUA para que se tornasse o campeão de agora. Milagres já são cada vez mais escassos em olimpíadas. Investimento sim, muito investimento trás resultados. Bem estou me tornando repetitivo. Mas, é pra não esquecer. Ainda ouve-se muito, e de pessoas que trabalham no esporte, de que se deve ir é pra ganhar, trazer medalha. Ora, se em uma competição como a Maratona com mais de quarenta corredores, um só passará a barreira do 42 Km em primeiro, outro em segundo, outro em terceiro e depois os demais. Se tivéssemos três corredores apenas...

A sena da brasileira que correu a maratona olímpica e depois ficou olhando para um lado e outro dentro do estádio é a minha preferida. Quanta coisa deve ter passado pela sua cabeça. Quanto será que ela recebe por mês? Pela sua simplicidade não deve ser grande coisa. Mas e os organizadores e dirigentes do COB com bons salários melhores hotéis tudo pago pelo povão brasileiro, estiveram bem, para eles é claro. Para mim péssimos.

Quem sabe possamos tirar mais algumas lições e pelo menos dar bons exemplos aos nossos filhos, batalhando pelo esporte, pela comunicação livre sem monopólio, sem fumar e sem beber. Quando uma criança quebrar um vidro de alguma janela quem sabe possamos sentar com ela e entender a sua necessidade ao invés de dar-lhe uma bronca.

Roberto S. Kellermann – Rádio Santa Isabel FM

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