sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Retratos da Sociedade

RETRATOS DA SOCIEDADE

Nos últimos dias o que mais se fala é na desgraça acontecida no seqüestro que vitimou a menina Eloá Pimentel de apenas 15 anos e que teria uma vida toda para ser vivida. Já não agüentamos mais ligar o rádio e a televisão (ou a internet), e, ali estampada a desgraça que prende a atenção de todos nós, pois nos colocamos no lugar de parentes ou amigos destas vítimas.

Não se pode aceitar é que veículos de comunicação, que têm licença do Ministério das Comunicações para prestação de serviço da população estejam mais preocupados com sua audiência do que com as lições que estes casos podem e devem trazer para todos nós. Não só a notícia. Sim o debate.

O resultado foi desastroso para os reféns e até agora sem prejuízo, a não ser o de sua consciência perturbada, para o delinqüente. Fica-se então procurando culpabilidade na polícia, no Ministério Público, etc. Está certo cobrar do Estado que este seja mais prudente com seus clientes, afinal está gastando tanto dinheiro com bancos e empresas de construção civil e pagando tão pouco para os agentes finais da segurança pública. Será que vai aparecer alguém para sugerir a criação de mais uma secretaria especial de sei lá o que? Será que os prefeitos recém eleitos vão querer criar mais um órgão de segurança para acomodar seus cabos eleitorais e dar satisfação momentânea à população?

Pouco está se falando nas verdadeiras causas dos problemas de uma sociedade que está doente. Enferma por falta de estrutura social da família conjugal, modelar e que se tenta substituir por soluções modernas mais preocupadas em não ter nenhuma responsabilidade sobre o outro. Doente principalmente pela educação pública cada vez mais catastrófica, onde cada um está olhando mais para o seu umbigo e menos para o conjunto que ela representa. A liberdade conquistada nos últimos anos por aqui, ainda está sendo confundida com libertinagem, pouca responsabilidade e muita malandragem.

Todos reclamam por mudanças. Elas não virão sem sacrifício. Quem de nós abre mão de benefícios próprios em nome do coletivo? Quem ao ver uma ato ilícito, mesmo não confiando nas autoridades denuncia e corre atrás da resposta? Quem ao ser solicitado para prestar testemunho em favor de um inocente, larga suas coisas e vai prestar sua solidariedade em nome da verdade? “Albert Einstein disse: O único lugar em que o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.” Temos muito trabalho pela frente. Mãos à obra!




Roberto S. Kellermann – “O repórter Andarengo”
Rádio Santa Isabel FM
http://robertoklm.blogspot.com

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